'... infinito particular ...'


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Qualquer dia, qualquer hora a gente se e contra, seja onde for, para falar que tudo mudou...


Fonte: freedomthirst.com/wp-content/uploads/2007/07/world-upside-down.jpg

Olá pessoas! Recebi por e-mail esse texto, escrito por Luís Fernando Veríssimo, achei muito interessante, nada mais que a verdade - de fato - e não pude deixar de postá-lo.


E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone
A peruca virou aplique, interlace
Megaheir, alongamento
A escova virou chapinha
‘Problemas de moça’ viraram TPM
Confete irou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou shopping
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal
Ninguém mais vê ...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita é DVD
O Cd já é MP3
É um filho onde éramos seis
O ábum de fotos agora é
Mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do ‘não’ não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado,
Também
O forró de sanfona ficou
Eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou Countre Strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita ?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora tocam lira ...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita !
A maconha é calmante
O professor agora é facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz ...
... De tudo.
Inclusive de notar essas
Diferenças.

Luís Fernando Veríssimo

domingo, 9 de novembro de 2008

Qualquer dia, qualquer hora a gente se encontra... seja onde for pra falar sobre até quando?


O texto a seguir de Marina Colasanti, foi escrito na década de 70 e continua atual apesar de se passarem mais de 30 anos!! Resolvi postá-lo como uma forma de protesto!! Para que a gente pare para pensar e então passemos a agir!! Pois conforme as palavras da escritora, nós deveríamos parar de nos acustumarmos com as guerras, de nos acostumarmos a pagar mais do que as coisas valem, de nos acostumarmos as coisas de mais para não sofrermos, tentando enganar a nós mesmos para se preservar a pele, para se evitar feridas, para se poupar a vida... que aos poucos se gasta, e que de tanto se acostumar, se perde de si mesma.


Eu sei, mas não devia

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia...

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Abaixo uma música em forma de protesto!!


Fonte: vídeo - www.youtube.com.br

P.S.1 – trecho da música “até quando?” de Gabriel, o Pensador...
muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente... a gente muda o mundo na mudança da mente... e quando a mente muda a gente anda pra frente... e quando a gente manda ninguém manda na gente...
... na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura... na mudança de postura a gente fica mais seguro... na mudança do presente a gente molda o futuro.
...até quando você vai levando porrada? até quando vai ficar sem fazer nada?...
...até quando vai ficar de saco de pancada? Até quando você vai ficar levando?..”

Beijos e até a próxima...

sábado, 1 de novembro de 2008

Qualquer dia, qualquer hora a gente se encontra, seja onde for... pra falar sobre os sentimentos


"Só quem já perdeu na vida sabe o que é amar, porque encontrou na dor algum motivo pra lutar.."

É verdade pessoal, realmente tenho isso como algo verdadeiro, a meu ver a dor faz parte do amor... só se sabe que se ama quem já sofreu por alguma perda... pois é... e eu que pensava que quem nos fizesse chorar, sofrer... não nos merecia... o que de certa forma é verdade!! mas, quem não merece o perdão? Atire a primeira pedra quem nunca feriu alguém, seja com atos ou palavras!!
Tenho em mente que o perdão faz parte do processo de dar e receber... para podermos dar algo, temos que tê-lo, e como ter o que queremos dar??? Eu lhe respondo: - Basta praticar!! Por isso pratique a compaixão, a bondade, a paciência, o equilíbrio, a paz, a esperança, a harmonia... Viva com bom humor, fazendo sempre o bem e mostrando as pessoas que temos a paz dentro de nós, que temos a felicidade, o amor e acima de tudo a humildade, para que assim possamos 'praticar' o perdão e podermos viver muito mais feliz e com a paz de espírito!

'... o perdão pode não mudar o passado mas certamente engrandece o futuro...'

A seguir uma poesia em forma de canção na voz de Marisa Monte!!


Fonte: vídeo - www.youtube.com.br

P.S.1. Marisa Monte - música: Perdão Você... gente dêem uma olhadinha neste trecho "... é como se perder de Deus... e eu não quero... eu não quero perder, eu não quero te perder... perdão você."
P.S.2. "Não perca a sua serenidade... a raiva faz mal à saúde, o rancor e a mágoa envenenam o coração... domine suas reações emotivas... seja dono de si mesmo... não jogue lenha na fogueira de seu aborrecimento... tente esquecer e passe adiante para não perder a serenidade..."

Abaixo, uma linda crônica de Mário Prata, que na sua simplicidade soube traduzir cada sentimento com muita verdade e sensibilidade!! Espero que apreciem...


Fonte: vídeo - www. youtube.com.br

P.S.3. "...AMOR é quando a paixão não tem outro compromisso marcado... não... amor é um exagero... também não... um dilúvio... um mundaréu... uma insanidade, um destempero, um despropósito, um desapego?...
...talvez porque não tenha sentido.. talvez porque não tem explicação.. esse negócio de amor não sei explicar.."

SENTIR É SIMPLESMENTE ESTAR VIVO... então VIVA!!

Acredito que "se levarmos a vida com a mente aberta e com o coração repleto de amor, você estará andando na direção certa, e cada passo que você der será sagrado!!"
P.S.4. "...viva cada dia como se fosse o último e ame como se nunca tivesse amado."

Beijos e até a próxima...